Mitos e verdades sobre o TEA

26/08/2021

Com o “boom” de informações sobre o autismo na internet, é importante ficarmos atentos ao que não é informação correta e fidedigna com a ciência. Informações distorcidas aumentam a angústia e estresse dos pais e podem até dificultar o acesso ao tratamento adequado. Existem muitos mitos ao redor do conceito de autismo e seu tratamento. Então, vamos colocar aqui alguns desses mitos mais comuns.

X Autistas não sentem emoções.

O autismo em si não faz com que alguém seja incapaz de sentir as emoções. Os indivíduos com autismo podem apresentar dificuldade em expressarem o que sentem e/ou de entender o que o outro sente com base na expressão facial, no tom de voz, nos gestos. Mas quando lhe é dito o que se sente, esse indivíduo é capaz sim de sentir compaixão e empatia, e de expressá-la da sua maneira.

X Pessoas com autismo têm QI acima da média, são superdotados.

Esse mito vem da ideia hollywoodiana em que a pessoa autista foi retratada por muito tempo nos cinemas. Existem autistas com altas habilidades, com QI acima da média sim; mas também existem autistas com a inteligência normal e autistas com deficiência intelectual.  Cerca de 70% das pessoas no espectro possuem algum tipo de deficiência intelectual e essa é uma quantidade grande se compararmos à população em geral (5%). 

X Autismo tem cura.

Um dos maiores mitos do autismo é que esta é uma condição que exista cura. Junto com ela, vem outra forma errônea de se compreender o autismo, trata-lo como doença. O autismo não é uma doença e, por isso, não podemos falar em cura. O autismo é uma condição que acompanha o indivíduo durante toda a existência. Muitas dificuldades serão superadas, muitas habilidades desenvolvidas, mas o indivíduo pode precisar de suportes diferenciados ao longo da vida.

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