Através deste espaço temos a intenção de divulgar informações sobre a terapia ABA. Informações corretas e fidedignas à ciência. Que ajudem a pais e profissionais envolvidos com o tratamento do autismo. Diante dos últimos acontecimentos divulgados na mídia sobre agressões sofridas por crianças autistas, inclusive por profissionais durante as terapias, nos sensibilizamos com os sentimentos dos pais ao ouvir essas notícias. Coincidentemente, nesse momento, fiz a leitura de um texto muito interessante que respondia a uma pergunta de uma mãezinha “porque as pessoas não escrevem sobre as razões humanas da terapia ABA?”.
Hoje, temos ótimos materiais disponíveis na internet sobre o que vem a ser ABA. A maioria deles se refere a explicação da ciência, dos princípios comportamentais e benefícios da terapia. E claro, isso é fundamental de ser compreendido. Mas falar das razões humanas também é essencial para pontuar as pessoas o quanto a terapia é importante. E desmistificar a falsa ideia de que há terapias humanas e não-humanas. Vamos pontuar aqui três destas razões.
Razões:
A primeira refere-se ao fato da terapia ABA ser totalmente individual e particular mesmo que os princípios comportamentais básicos sejam os mesmos para todos. Além disso, a terapia ABA é eficaz e os terapeutas estão sempre se dedicando a analisar sua própria intervenção a fim de melhorar e alcançar resultados na direção dos seus objetivos terapêuticos.
A segunda razão, é que todo analista do comportamento tem a certeza de que todas as pessoas têm capacidade de aprender. E por isso fazem essa aprendizagem acontecer. Não importa quão difícil o ensino seja. Acreditar no aprendizado de todas as pessoas faz com que os terapeutas ABA se sintam responsáveis por esse aprendizado. E no caso, pela evolução. Um terapeuta ABA jamais irá dizer “esta criança não consegue aprender”. Ele pensará “preciso modificar as estratégias”.
A terceira razão é o respeito que o analista do comportamento tem em relação ao ritmo e o tempo de cada pessoa. Além do respeito pelo direito das pessoas de conhecer o mundo e de se relacionarem com seus pares. Cada um no seu ritmo e cada vez mais. Algumas coisas importantes de serem aprendidas, nem sempre são prazerosas à primeira vista. Mas necessárias para novos aprendizados e se tornam incrivelmente interessantes no segundo contato. Precisamos ser persistentes e envolvê-los com o aprendizado!
Portanto, a Terapia ABA visa sempre a melhor qualidade de vida e desenvolvimento das crianças e suas famílias. Cabe ao pais, buscarem sempre conhecer os profissionais e seus métodos de trabalho. Um bom profissional estará sempre aberto para explicar aos pais a avaliação que fez da criança, os objetivos terapêuticos e suas estratégias de ensino.
Escrito por Juliana Campos de Jesus
Psicóloga do Núcleo Passo a Passo
